Capítulo 1756
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Kira guiou Carla Barcelo e Nara Lozano para dentro da casa. “Carlita, esse chalezinho não lhe traz uma sensação de familiaridade?”
Carla olhou ao redor, notando a limpeza e o aconchego do lugar. “Parece com o seu chalé em Nice, não é? Mas aquí é bem mais espaçoso.”
Kira assentiu. “Sim, eu desenhei a planta e pedi para os artesãos construírem exatamente como no desenho.”
Carla segurou a mão de Kira com força. “Kira, não sei como expressar o quão feliz estou por te reencontrar.”
Nara acrescentou: “Eu também.”
Kira sorriu. “Rever vocês duas também me deixa muito feliz.”
Carla ia perguntar como Kira tinha passado os últimos anos, mas engoliu as palavras. Era evidente que Kira estava bern.
“Sentem–se, vou preparar um chá para vocês. Após acomodá–las, Kira preparou duas xícaras de chá com suas próprias mãos. “Este é o chá da nossa região, provem e me digam o que acham.”
Nara cheirou o chá e deu um pequeno gole. “Juan Pablo adora degustar chás, eu não gosto, para mim, bom ou ruim, é tudo igual, Kira olhou para Carla, que gentilmente tomou um gole sob o olhar delas, e depois outro. “Também não sei diferenciar muito bem, mas este está fresquinho e tem um doce agradável,
Kira riu. “Nosso chá é excelente, mas por questões geográficas, é difícil vendê–lo. Acabamos vendendo a preço barato.”
Carla ponderou. “Os canais de venda não são um problema. Se o chá é bom, posso encontrar compradores e garantir um preço justo para os produtores.”
“Deixemos isso para lá,” disse Kira, abrindo a mesa e colocando uma churrasqueira em cima. “Preparei um churrasco. Vamos comer e conversar sem pressa.”
Além do churrasco, Kira tinha preparado sua própria cachaça.
Carla e Nara ficaram impressionadas. “Kira, como você sabe fazer tanta coisa?”
Kira respondeu sorrindo: “Dizendo de um jeito bonito, tenho talento para isso. Falando francamente, foi para sobreviver, eu tenho que me obrigar a aprender mesmo que eu não saiba como.”
Ambas se emocionaram. “Kira…”
Kira continuou: “Carlita, Nara, não fiquem tristes por mim. Estes três anos foram os mais felizes da minha vida. Longe da agitação da cidade, longe daqueles que mé feriam e me desprezavam, fazendo o que amo e enriquecendo com o trabalho das minhas mãos. Eu vivia uma vida feliz.”
Nos últimos vinte anos, Kira nunca havia vivido para si mesma.
Depois de simular sua morte para escapar de Flávio, ela encontrou refúgio neste lugar isolado e recomeçou sua vida.
No início, os dias foram difíceis.
Mas logo conseguiu um trabalho como professora numa escola local.
Como ela fazia um bom trabalho, rapidamente tornou–se professora efetiva.
Depois disso, ela arrendou algumas terras na região.
Ela cultivava súa própria terra e encontrava pessoas para fazer o trabalho quando ela estava ocupada, levando uma vida autossuficiente.
Dia após dia, a rotina parecía monótona, mas seu espírito estava pleno.
As três comiam o churrasco e bebiam a cachaça, enquanto Kira contava sobre sua vida nesses últimos anos.
Vendo Kira tão contente, Carla e Nara se alegraram sinceramente por ela.